Quem somos

CIM Organização não governamental, integrada por professoras, pedagoga, profissional da saúde, educadoras popular, biólogas, ativistas e arte educadoras que atuam em eixos interligados de articulação política, produção e divulgação de conhecimentos que dizem respeito à Efetivação dos Direitos da Mulher (civis, políticos, sexuais, reprodutivos, de assitência integral à saúde - PAISM e de erradicação da violência e da discriminação) , do uso e ocupação do solo, da função social da cidade, do meio ambiente, da cultura e arte cidadania, da inclusão digital, do desenvolvimento humano, econômico e sustentável com justiça social, cultura de paz e uma educação não sexista.

5.2.09

Dança e o feminismo

Dança do ventre e Tribal Fusion

A sociedade patriarcal criou historicamente os papéis de homens e mulheres culturalmente, sobretudo houve um momento histórico em que a sociedade era matriarcal em que as mulheres participavam das decisões e planejamentos de suas comunidades, aldeias e outras. As mulheres naquele período eram valorizadas e cultuavam a vida por intermédio da natureza e dança. A identidade feminina era respeitada como indivíduo ativo nas mais diversas atividades como curandeiras, parteiras, etc. Com domínio masculino e a criação de papéis sociais que envolvem as questões de gênero as mulheres que conheciam de ervas e realizavam partos foram denominadas “bruxas” e assassinadas. O conhecimento dessas mulheres passou a pertencer aos homens que colocaram como ciência nas academias, no entanto, as mulheres não poderiam compartilhar tais conhecimentos por não ser permitido freqüentarem as universidades. Com o tempo as mulheres restrigiram-se aos cuidados do lar, da educação dos filhos, e esqueceram-se de seus corpos e suas autonomias sendo podadas pela cultura patriarcal. As concepções de beleza foram padronizadas e estereotipadas a ponto de atender as necessidades masculinas, em que para vender objetos como carro, motos, produtos diversos o corpo da mulher passou a ser mercadoria. A mulher foi perdendo sua identidade como ator social. Nas décadas de 20 e 40 surgiram os movimentos feministas que lutavam pelo sufrágio universal, o direito de decidir sobre seus corpos, reproduzir, participar da política, participar dos meios de comunicação, de profissões masculinizadas, direitos civis e trabalhistas, direitos a educação e creche para seus filhos e filhas e outros direitos pertinentes ao desenvolvimento da pessoa humana. Todavia, as feministas foram taxadas como solteironas, lésbicas e mal amadas. A discriminação a luta das mulheres e o descaso do governo partiam de uma sociedade baseada em interesses dominantes de hegemonia política, masculina e branca. Contudo, vários segmentos da sociedade travaram lutas pela liberdade de expressão na década de 70 e agregaram-se para fortalecimento dos grupos vulneráveis. Neste século (XXI) as mulheres tem alcançado paulatinamente sua independência econômica, porém há muito a se fazer. A dança do ventre, neste sentido tem um papel importante para o resgate da auto-estima e valorização da mulher, pois esta modalidade de dança atende mulheres de várias faixas etárias e não necessita especificamente de corpos esbeltos e flexíveis.
Portanto, considerando que não há padrão de beleza e que os benefícios da dança biológicos e psicológicos são aspectos que envolvem as mulheres, a dança do ventre é uma ferramenta peculiar no processo de desenvolvimento físico e articulação social.

Aspectos e conceitos sobre os quais se fundamentam o método de trabalho:

l Os aspectos biológicos são abordados com debates acerca do corpo reprodutivo feminino e masculino e envolvem os direitos sexuais e reprodutivos conforme a Constituição Federal são ministradas aulas explicativas e dinâmicas de grupo, e ainda são apresentados durante a realização dos exercícios físicos os benefícios das atividades corporais;
l Os aspectos psicológicos são trabalhados conforme as mulheres participam das dinâmicas ministradas acerca de conteúdos como as violências de gênero, prevenção a DST/HIV/Aids, câncer de mama, direitos humanos e outros conteúdos propostos;
l O diferencial da proposta apresentada consiste em tratar assuntos do cotidiano feminino com meia hora de dinâmicas e debates e uma hora e meia de exercícios e movimentos da dança do ventre com base teórica quanto aos benefícios no dia a dia.


Objetivo Geral: Desenvolver a auto-estima, concentração e atenção.

Objetivos específicos:

Aumentar a confiança no potencial individual;
Resgatar a feminilidade;
Ativar a circulação e aliviar as tensões;
Aumentar a flexibilidade e alongamento e enrijecer os músculos;
Auxiliar em problemas menstruais, hormonais e partos, diminuindo cólicas, equilibrando as funções sexuais e facilitando contrações e dilatações.

Avaliação dos resultados:

Durante as dinâmicas de grupo e os debates as mulheres produzem materiais expositivos acerca dos temas abordados para posterior exposição, bem como atividades individuais. Os exercícios e movimentos apreendidos durante as aulas práticas devem ser registrados por meio de fotos e filmagem, posteriores apresentações previstas conforme planejamento da instituição e executadas em datas específicas consoante com as necessidades.
Por Paula Alves- Coordenação Executiva do Centro de Integração da Mulher.
Apoio: Studio Nottari de Dança do Ventre
Estrada Mogi das Cruzes (Avenida Imperador),1126
Vila Rio Branco-São Paulo
(11) 81656239
Darrel