Quem somos

CIM Organização não governamental, integrada por professoras, pedagoga, profissional da saúde, educadoras popular, biólogas, ativistas e arte educadoras que atuam em eixos interligados de articulação política, produção e divulgação de conhecimentos que dizem respeito à Efetivação dos Direitos da Mulher (civis, políticos, sexuais, reprodutivos, de assitência integral à saúde - PAISM e de erradicação da violência e da discriminação) , do uso e ocupação do solo, da função social da cidade, do meio ambiente, da cultura e arte cidadania, da inclusão digital, do desenvolvimento humano, econômico e sustentável com justiça social, cultura de paz e uma educação não sexista.

6.10.08

Biblioteca olympe de Gouges


Inaugurada em 21 de junho de 2007 “Olympe de Gouges” é a primeira biblioteca feminista de Guarulhos que conta com o acervo de mais aproximadamente 500 livros temáticos sobre gênero.




Porque uma Biblioteca Feminista ?
Símbolo do conhecimento, as bibliotecas quaisquer que sejam elas representam um arquivo histórico e muitas vezes museológico da produção humana. Ao longo dos tempos muitas reconstituições históricas só foram possíveis devido ao arquivamento de diferentes formas de registros. Por ter esta grande representação de PODER, muitas bibliotecas foram queimadas e outros tantos livros destruídos como forma de se anular a luta de um povo. A mais famosa delas e ainda hoje recordada é a de ALEXANDRIA. Acreditando neste potencial, o CIM reúne diversas produções especializadas de mulheres, com conteúdos feministas e não-sexistas para que a sociedade possa rememorar, produzir e armazenar a identidade da luta de milhares de mulheres, guardadas não só na memória humana individual, mas também na MEMÓRIA HISTÓRICA COLETIVA.

A escolha do nome... Olympe de Gouges...



Até a chegada de governos mais democráticos, poucas mulheres ousaram escrever para mulheres, e raríssimas realizaram-na para toda a sociedade. Durante muito tempo, as mulheres confinadas ao espaço doméstico e sem poder freqüentar escolas, as poucas mulheres alfabetizadas escreviam para si mesmas em diários onde relatavam as rotinas da vida privada. Mesmo assim, esses escritos tiveram grandiosa importância, pois através deles muito se desvelou como a opressão masculina vitimizava as mulheres. Assim uma mulher em 1791, escreve a sociedade francesa A DECLARAÇÂO DOS DIREITOS DA MULHER E DA CIDADÃ, texto ousado levado ao público para aprovação na Assembléia Nacional e causador de sua morte e do fechamento de todas as associações de mulheres da França. Homenagear OLYMPE por que ousou escrever de nós e por nós, apresentando à sociedade o desejo de todas as mulheres.

JULGADA, CONDENADA, GUILHOTINADA e IMORTALIZADA

Trechos da sentença de morte de OLYMPE DE GOUGES em 03 de Março de 1793.
Por ter querido ser um homem de Estado e ter se esquecido as virtudes próprias de seu sexo”.

Frase dita antes da execução.

A mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve ter igualmente o direito de subir a tribuna”.


Olympe de Gouges
(1748 – 1793 ) – França


Marie de Gouges era de família modesta e aos 16 anos casa-se com um homem muito mais velho. Um ano depois dá a luz ao único filho e em seguida fica viúva. Nega-se a casar-se novamente afirmando que “o casamento é o túmulo da confiança e do amor”, muda-se para Paris, onde começa a participar dos salões de arte, literatura e filosofia. Abraça muitas causas como a Abolição da escravatura e a emancipação das mulheres, a construção de orfanatos e casas para mães solteiras além de lutar pela instituição do divórcio. Escreve 30 peças teatrais e é então convidada para elaborar reformas para o Estado. Neste período de Revolução Francesa, escreve a DECLARAÇÂO DOS DIREITOS DA MULHER E CIDADÃ para apresentar como norteador de na Constituição. É condenada e guilhotinada no dia 03 de Novembro de 1793.

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